quarta-feira, 23 de maio de 2007

Julgados de Paz: capítulo 3

14H05, início da audiência de discussão e julgamento. Tentativa de conciliação, sem efeito. São ouvidas as partes, em primeiro lugar. Só depois é produzida a prova. Continuam as partes a expor razões...Deram 15H00, entra a funcionária que segreda algo à Meretissima. A Senhora Juiz de Paz pede desculpa , mas aquele telefonema tem que ser atendido.Saio para fumar um cigarro.Entramos todos para a sala ,novamente. Mais uma tentativa para fazer acordo. Conseguido dsta feita. Saímos todos para fora, outra vez, para se redigir o acordo em papel. Passados cinco minutos, todos para a sala. Afinal não há acordo porque a contraparte já não está interessada...De qualquer modo, diz a Juiza de Paz, a inquirição de testemunhas terá que ficar para as 10H30 do dia 15 de Junho, porquanto tem uma continuação de um processo em Oliveira do Bairro, Julgado que acumula com este, que não pode esperar. Mandam-se as testemunhas para o ....embora, partes e mandatário.
Atónito , penso para mim, então os Julgados de Paz não são uma forma de resolução de conflitos, rápida, barata, tranquila? Parece-me que não...
A responsabilidade?A culpa? Dos telefones, óbviamente...

2 comentários:

C.M. disse...

O legislador bem quer, mas quando a "malta" não colabora...

ferreira disse...

Pois é caro Amigo, referiu o cerne do problema. Todas as pessoas convocadas estavam presentes, 2 testemunhas de ambas as partes, era só inquirir, estava resolvida a lide. Mas não. Não sei que processo mais importante haveria em Oliveira do Bairro, sendo certo que não versava sobre matérias de Direito da Família, das Sucessões e Trabalho. Logo a importância nunca poderia ser de grau superior. Terminava o nosso e depois, ia à sua vida. Assim, com a sua atitude, que nada dignificou o cargo e o Tribunal, obrigou toda a gente a apresentar-se noutra data. Fiquei chateado, melhor ficamos todos, já não há respeito, é o que é...e mais, dá que pensar se haveria ou não outro processo, enfim...