quarta-feira, 30 de maio de 2007

Biblioteca itinerante

Á minha frente na estrada nacional 109 seguiam em veículo automóvel de cor bordô livros e outros documentos, DVD's, Cd's. Enquanto tentava a ultrapassagem veio-me á memória prazeres antigos. Lembrei-me da meninice, escola primária, e como esperávamos com impaciência a chegada, mensal, dos livros da biblioteca itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian, que tinha como ponto de paragem o lugar do Chalé, no centro da freguesia. Só tinhamos direito a requisitar cinco livros. Foi desta maneira que li 'o meu pé-de-laranja lima', de Mauro de Vasconcelos.Só havia biblioteca na sede de Concelho a dez quilométros. E lembrei-me, ainda, do Senhor Gastão, reformado, septuagenário, sempre o primeiro da fila e o mais ansioso.
Desconhecia que este serviço das bibliotecas públicas, destinado áqueles que estão mais afastados dos núcleos urbanos e que não podem aceder à biblioteca municipal e seus pólos, ainda estava em funcionamento. E alegrei-me por isso, por mim, por todos.

2 comentários:

redonda disse...

Eu chorei imenso quando o li...

ferreira disse...

Gostei muito da estória, do Zé-Zé, do Portuga...o menino sofria muito.
Bons tempos esses das leituras de meninice.
Fui expulso de uma aula de estudos sociais, dizia-se ter uma falta a vermelho, pois estava a ler o ' Meu pé...', sem qualquer atenção à aula, a Srª Professora não esteve com meias medidas.Rua!