domingo, 8 de julho de 2007

00.93


Dei pela tua presença nos idos de Março.Antes... um pouco antes da Primavera .Lembro-me muito bem. Numa citânia. Estavas sentada na copa de uma árvore, numas das mãos brilhava-te uma pomba azul. Estavas vestida de azul.Estrelas resplandeciam á tua volta, azuis.Deste-me as boas-vindas .Pensando melhor... fui eu que te desafiei para um café imaginário que haveríamos de partilhar. Dei-me conta que a parte mais profunda de mim já te conhecia. Desde o nascimento.Desde sempre.Pelos ensinamentos que me vinham dos teus gestos.Sim as palavras são gestos.Das tuas ideias.Dos teus risos.Sorrisos.Silêncios. Corre-me nas veias o desejo eterno que pedi a Eros, na nossa falésia...

7 comentários:

Cleopatra disse...

Hummm...muito bonito.
Desafios para um café imaginário que haviamos de partilhar...
Porque será que há vezes em que tudo começa por um café?

Ni disse...

Referências belíssimas... pelo pormenor que a sensibilidade captou, pela raridade da emoção e da capacidade/coragem de a dizer.

«(...)Dei-me conta que a parte mais profunda de mim já te conhecia. Desde o nascimento.Desde sempre(...)»

Sublime!

Lindíssimo este post...

MouraEncantada disse...

Não estava sentada na copa de uma árvore.Tu adormeceste e sonhaste que eu tinha um pássaro azul nas mãos.
Adormeceste e eu bebi o teu café.

Som do Silêncio disse...

Olá!

Gostei do que li!
Voltarei!

Beijo Silencioso

ferreira disse...

Cleo,
o café é o néctar do amor-:)

Ni,
tanta bondade nas tuas palavras. Sim , há pessoas que se conhecem desde sempre...
-:)

Moura encantada,
soube bem o café?-:)

Som do silência,
Bem-vinda-:)

MouraEncantada disse...

Soube.Estavas a dormir.Nem me viste depois.

Ni disse...

Não é bondade, caro Ferreira!
Gostei imenso deste post quando o li.

Concordo quando dizes que
há pessoas que nos levam a sentir que as conhecemos desde sempre ... são essas, raras, que nos despertam para a beleza da 'caminhada'. Pessoas-verdade.
Infelizmente... são em maior número as outras, as que nunca se dão a conhecer na verdade do que são, do que sentem, que usam máscaras... fingindo.

A vida tem surpresas.... metaforicamente... 'há cafés amargos'...