sábado, 2 de maio de 2009

'Em momentos assim,deliciava-se com a ideia de que os livros podiam falar,ganhavam vida e autonomia.Então compreendia que o seu amor por aqueles objectos, graças aos quais agora vivia e dos quais obtivera ao longo dos anos uma felicidade diferente de todas as outras modalidades possíveis de felicidade, era uma das coisas mais importantes da sua vida,na qual cada vez restavam menos coisas importantes,e começou a contabilizá-las:a amizade,o café,o cigarro,o rum,fazer amor de vez em quando - ai,Tamara,ai,Ava Gardner - e a literatura.E os livros,claro,adicionou no final.'
Mario Conde, ex-tenente da polícia de investigação de Cuba,escritor e alfarrabista, in 'Adeus Hemingway',de Leonardo Padura Fuentes,edições asa,2002.

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