domingo, 13 de julho de 2008

'Capitão Nascimento' não leu o Estatuto da O.A.

Artigo 90.º
Dever geral de urbanidade
No exercício da profissão o advogado deve proceder com urbanidade, nomeadamente para com os colegas, magistrados, árbitros, peritos, testemunhas e demais intervenientes nos processos, e ainda funcionários judiciais, notariais, das conservatórias, outras repartições ou entidades públicas ou privadas.
Artigo 86.º
Deveres para com a Ordem dos Advogados
Constituem deveres do advogado para com a Ordem dos Advogados:

13 comentários:

Cleopatra disse...

Eh eh eh eh!! Ganda< tiraço!!

ferreira disse...

O que a 'malta' quer em 1º lugar são soluções para os vários problemas que grassam a profissão e a Justiça: Mapa judiciário, a reforma da acção executva, a desjudicialização de vários actos próprios, o apoio ao direito, tribunais com condições dignas, tanto a fazer...
Por outro lado se queres ser respeitado...

Leonor disse...

"Por outro lado se queres ser respeitado..."

É uma boa frase, Ferreira.
Convinha que muitos outros operadores da justiça a tivessem presente. É que a par dos problemas que enumera de difícil ou complexa resolução porque mexem, quiçá, com dinheiros, vontade e capacidade de bem legislar, etc, há muitos outros que grassam no dia-a-dia dos tribunais e são de simples e fácil resolução, não necessitando de grandes verbas orçamentais.

Com a agravante, que mexem com valores pessoais e individuais do cidadão comum e com o sistema nervoso de quem por lá anda ou tem que andar, e são, muitas vezes, a causa da má opinião que passa da lá para fora da justiça.

Hoje, foi um dia rico a esse nível. Desde a oficial de justiça, às partes, aos mandatários, aos peritos, às cerca de 50 testemunhas que cirandavam, impacientes, pelo corredor do tribunal, etc, etc, ninguém estava satisfeito e garanto-lhe que nada tinham a ver com os problemas que enunciou. Mas foi suficiente para colocar, e com razão, as pessoas em alvoroço. Haja paciência!

E, depois, se olhassem mais para a substância/conteúdo do que para a "forma", para o embrulho, talvez pudéssemos evoluir mais na resolução dos problemas da justiça.

Eu gosto muito mais do cão que me ladra e tenta morder pela frente do que daquele que, de mansinho, vêm por trás e me ferra no calcanhar.

Vem isto a propósito do quê?

olhe, de tudo e de nada. Apeteceu-me parar por aqui e, acima de tudo, gostei da subtileza do post.
É a segunda vez que o faz e eu gosto de subtilezas.

Leonor disse...

Ah! e gostava de lhe sugerir a transcrição de um outro artigo (não do EOA, mas do CPC) também muito adequado ap momento que vivemos, mas, infelizmente, já não tenho o código à mão e tb não o sei de cor.

ferreira disse...

Bem aparecida, Leonor-:)
Cuidei que estivesse de férias,mas pelo que narra, este foi um dia cheio, de peripécias.

Hum...subtileza!?Alguma coisa me está a escapar...

Pergunta se o artigo 266º-B do CPC está em vigor?Sim, não foi revogado, ainda.

Gostei de a ler, está em grande forma:)

Um abraço solidário

Leonor disse...

Olhe, que pena não ter aqui como confirmar o artigo. Amanhã, logo lhe digo.

Não estou em grande forma, não senhor. Apenas desejo que estes dias que se aproximam acelerem o passo porque preciso de descanso.

Quanto ao mais, foi subtileza sua, sim senhor.
E, como lhe disse, agradou-me e, por isso, parei.

Sabe-me dizer se existe no estatuto das outras profissões judiciais alguma norma equivalente à do art. 90º que citou?

Deixe lá, também não importa. Quando o dever de urbanidade não faz parte da formação pessoal, não será a formação profissional que a colmatará.

ferreira disse...

...«Quando o dever de urbanidade não faz parte da formação pessoal, não será a formação profissional que a colmatará. ...»

Subscrevo.Tem toda a razão.É deformação congénita.Para esses temos obrigação de os ajudar a trilhar o bom caminho,precisam de ajuda...
Só não esqueça «a arvore e a floresta», e tal..., como bem sabe as generalizações podem ser erróneas,tendem a confundir mais que abrir soluções,digo eu,que procuro evitar 'confusões'...
Sabe uma coisa, estou a precisar de me afastar do trabalho mas rápidamente.

Estamos todos a precisar de umas boas férias, sossegadas ou não, merecidas, para esquecer as agruras,passar um bom tempo é que urge.

Leonor disse...

A coisa está feia, Ferreira.
E ainda faltam alguns CD abrirem as suas cartas. Pegou, e veio para ficar, a moda da carta aberta. Estou à espera, ansiosa, pela do seu COnselho.

Acho que até eu vou escrever uma, em vez de privada, por isso é que não escrevo lá no meu sítio, será pública e aberta a alguém, só não decidi ainda a quem.
Vem daí uma ajudinha?

Não leve a mal estes disparates, mas como não me apetece escrever lá no meu sítio, de vez em quando vou passando de deixo as minhas lamúrias. :)

Leonor disse...

ah!
E se o seu conselho decidir que será fechada, não se esqueça dos amigos e reenvie-ma.
É sempre bom saber o que pensam os vários quadrantes.

ferreira disse...

Olá Leonor
Escreva a tal carta,que de bom grado a lerei, que bem poderá endereçar ao sr.bom-senso,ao sr cumpridor de promessas,ao sr Espirito Santo,ao Sr. Deus nos livre, ou ainda ao sr. estou saturado de guerrinhas de comadres e de excesso,nuns casos,ânsia, noutros, de protagonismo.-:)

Recebi este mail, não sei se já leu:
Comunicado do Conselho Distrital do Porto
Resposta à comunicação do Sr. Bastonário de 14 de Julho de 2008
difundida por e-mail para todos os Advogados
O Sr. Bastonário continua a trazer sistematicamente para a ‘praça pública’ assuntos relativos ao funcionamento interno da Ordem dos Advogados, culminando na comunicação de 14/07/08.
O Sr. Bastonário falta à verdade, generaliza, deturpa e omite propositadamente factos, com a intenção de escamotear um mandato caracterizado por intervenções erráticas e irracionais.
O Conselho Distrital do Porto repudia esta atitude, já que a mesma desprestigia e envergonha a Ordem dos Advogados, os seus órgãos eleitos e os advogados em geral.
Este comportamento autocrático do Sr. Bastonário, que visa subalternizar todos os demais órgãos eleitos, incluindo o próprio Conselho Geral, impede a Ordem dos Advogados de ter um discurso racional, crítico e sustentado sobre as questões que verdadeiramente interessam à advocacia, aos advogados e ao sistema de administração da justiça.
O Conselho Distrital do Porto, que tem um projecto e um mandato para cumprir, recusa-se a usar os métodos do Sr. Bastonário mas entende ser imperioso desmenti-lo pelos meios estatutariamente adequados, assegurando a participação activa de todos os colegas.
Nesse sentido, o Conselho Distrital do Porto deliberou convocar uma Assembleia Geral extraordinária para o próximo dia 13 de Setembro de 2008, pelas 10 horas, em local a designar na respectiva convocatória, nos termos do nº 2 do artº 33º, ex vi nº 3 do artº 48º, do Estatuto da Ordem dos Advogados.
Porto, 18 de Julho de 2008
Guilherme Figueiredo
Presidente do Conselho Distrital

Leonor disse...

ena, ena!!
Afinal, é mesmo fechada.
Fico esclarecida. Escreverei uma carta, sem dúvida, mas após férias porque, enquanto não repuser energias, não me apetece abrir os estaminé antes disso.
Esta merda (bem sei que devia manter a elevação mesmo quando me lixam, mas..) não está nada bem, irá ficar pior e não vejo quem seja capaz de fazer diferente. Os interesses e as motivações estão sempre para lá do interesse colectivo e isso é uma barreira instransponível ao êxito.

Caríssimo, Boas férias (que eu parto já no final da semana)

Leonor disse...

Mudei de ideias e abri o estaminé.
(aviso com o único intuito de evitar que, depois do que escrevi ali em cima, me dirija epítetos que não quero ler:-)

ferreira disse...

Concordo, as coisas não estão famosas, o que não percebo são as motivações de certos personagens.Mas diz bem, depois das férias há tempo para essas 'lutas'.


Na próxima terça tenho ainda uma diligência marcada, férias só depois.
Mas tenho dado uns mergulhos no mar, ao fim da tarde.

Então, Boas férias Leonor, até á volta.:)