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Dei pela tua presença nos idos de Março.Antes... um pouco antes da Primavera .Lembro-me muito bem. Numa citânia. Estavas sentada na copa de uma árvore, numas das mãos brilhava-te uma pomba azul. Estavas vestida de azul.Estrelas resplandeciam á tua volta, azuis.Deste-me as boas-vindas .Pensando melhor... fui eu que te desafiei para um café imaginário que haveríamos de partilhar. Dei-me conta que a parte mais profunda de mim já te conhecia. Desde o nascimento.Desde sempre.Pelos ensinamentos que me vinham dos teus gestos.Sim as palavras são gestos.Das tuas ideias.Dos teus risos.Sorrisos.Silêncios. Corre-me nas veias o desejo eterno que pedi a Eros, na nossa falésia...
7 comentários:
Hummm...muito bonito.
Desafios para um café imaginário que haviamos de partilhar...
Porque será que há vezes em que tudo começa por um café?
Referências belíssimas... pelo pormenor que a sensibilidade captou, pela raridade da emoção e da capacidade/coragem de a dizer.
«(...)Dei-me conta que a parte mais profunda de mim já te conhecia. Desde o nascimento.Desde sempre(...)»
Sublime!
Lindíssimo este post...
Não estava sentada na copa de uma árvore.Tu adormeceste e sonhaste que eu tinha um pássaro azul nas mãos.
Adormeceste e eu bebi o teu café.
Olá!
Gostei do que li!
Voltarei!
Beijo Silencioso
Cleo,
o café é o néctar do amor-:)
Ni,
tanta bondade nas tuas palavras. Sim , há pessoas que se conhecem desde sempre...
-:)
Moura encantada,
soube bem o café?-:)
Som do silência,
Bem-vinda-:)
Soube.Estavas a dormir.Nem me viste depois.
Não é bondade, caro Ferreira!
Gostei imenso deste post quando o li.
Concordo quando dizes que
há pessoas que nos levam a sentir que as conhecemos desde sempre ... são essas, raras, que nos despertam para a beleza da 'caminhada'. Pessoas-verdade.
Infelizmente... são em maior número as outras, as que nunca se dão a conhecer na verdade do que são, do que sentem, que usam máscaras... fingindo.
A vida tem surpresas.... metaforicamente... 'há cafés amargos'...
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